A AIDS é uma doença causada pelo vírus do HIV que ataca o sistema imunológico das pessoas infectadas e impede que o organismo se defenda de outras doenças.
Já em relação a sua transmissão, ela ocorre por meio do contato com secreções como sangue, esperma, mucosa vaginal, pelo aleitamento materno e durante a gravidez.
Os primeiros registros da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) ocorreram em 1977, nos Estados unidos, Haiti e nos países da África Central. Mas logo passou a preocupar as autoridades de saúde do mundo inteiro.
No começo, a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) era vista com uma sentença de morte já que não havia tratamento e cura. Por isso, quem sofria com a enfermidade sofria perseguição e muito preconceito.
E mesmo quando surgiram os medicamentos e terapias capazes de melhorar a qualidade de vida dos portadores do vírus do HIV, a resistência a convivência com os doentes é significativa. Por isso, trabalhar em uma cura passou a ser tanto uma questão física, quanto emocional e social.
Pois bem, para quem esperou esse momento finalmente é hora de comemorar. A comunidade médica anunciou o 4º caso de sucesso na luta contra a AIDS.
O primeiro caso foi em 2011. Timothy Ray Brown, também conhecido ‘como paciente Berlim’, além de ser portador do vírus do HIV também recebeu o diagnóstico de leucemia. Diante do seu quadro, a equipe médica que o acompanhava decidiu por realizar dos transplantes de células-tronco de medula óssea.
A medula veio de um paciente com uma mutação capaz de impedir a entrada do vírus nas células. E foi aí que o mais inacreditável acontece: alguns meses após o tratamento Timothy não apresentava mais a presença do HIV no seu sistema.
O segundo paciente curado foi submetido ao mesmo tipo de tratamento e ficou conhecido como ‘paciente de Londres’. E terceiro caso foi uma mulher estadunidense, multirracial, que recebeu transplante de células-tronco envolvendo sangue de cordão umbilical.
Uma coisa é certa, a medicina não para de nos surpreender e garantir melhores condições de vida. E o senhor de 66 anos, que convivia com a doença desde 1988, é a prova viva disso.
Apelidado de Paciente da ‘Cidade da Esperança’, em homenagem ao hospital onde aconteceu o transplante, o quarto caso de cura do HIV também tinha sido diagnosticado com leucemia. Frente a esse cenário, seus médicos também optaram por procurar um doador com uma genética resistente ao vírus da AIDS.
O resultado foi o mesmo de 2011 e 2016, o paciente entrou em remissão e, algum tempo depois, não era possível encontrar mais o vírus em seu organismo.
Apesar dos ótimos resultados, os médicos responsáveis pelo feito afirmam que esse tratamento não é indicado para todos. O transplante de medulas-ósseas é altamente complexo e depende de doares compatíveis. Além disso, é preciso encontrar doadores que possuam a mutação que combate o HIV e, infelizmente, é uma condição rara.
Mas isso significa um enorme avanço. Diversos pesquisadores afirmar que a cura desses quatro pacientes demonstra que a terapia genética pode ser a solução para curar os mais de 38 milhões de infectados por HIV no mundo.
O vírus invade os glóbulos brancos usando uma proteína chamada CCR5. Contudo, existem algumas pessoas que essa proteína tem a capacidade de evitar a entrada do vírus. Sendo assim, a ideia seria atuar sobre a CCR5 no organismo dos portadores da doença.
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